A indústria do cigarro tem sofrido inúmeras formas de repressão ao consumo de seu produto ao longo dos últimos 50 anos. Para não perder mercado e manter suas vendas em alta, alguns artifícios têm sido usados, fazendo com que hoje o cigarro seja mais viciante que a cocaína.
Um relatório preparado pela organização de controle do tabagismo Campanha Crianças Livres do Tabaco (CTFK), lançado recentemente no Brasil, mostrou que os cigarros estão cada vez mais viciantes e perigosos.
O estudo foi realizado com informações vindas de pesquisas científicas e também de documentos fornecidos pela própria indústria do tabaco, e sua conclusão é que é mais fácil tornar-se dependente de cigarro do que de cocaína e heroína.
Isso tudo por causa
das táticas adotadas pelas companhias. Ao longo dos últimos anos os cigarros
passaram a apresentar um maior teor de nicotina e ainda tiveram sua fórmula
alterada, para inclusão de amônia e açúcares, o que tornou a fumaça mais fácil
de ser inalada.
Até mesmo os filtros
dos cigarros foram alterados, contando agora com pequenos orifício que fazem
com que o cigarro queime mais rápido e o fumante aspire mais componentes
químicos.
Todos já sabem de gabarito que fumar em locais fechados, ambientes privados e públicos não é permitido, ainda assim, existem aqueles que resolvem dar uma escapadinha para fumar quando em shoppings, bares e restaurantes. Cuidado, a partir de agora a atenção deve dobrar e o cigarro deve ficar mais raro no cotidiano dos fumantes.
Agora regulamentada, a lei aprovada em 2011 proíbe o uso de charutos, cigarrilhas, cachimbos e todo tipo substância capaz de produzir fumo danoso à saúde. A restrição vai para locais públicos, privados, restaurantes, baladas, clubes e etc. A ideia é reforçar os danos que o cigarro traz a curto e longo prazo e combater doenças ocasionadas pelo tabagismo.
Locais específicos para fumantes são de vez extintos, tal qual, veiculações comerciais relacionadas a cigarros. Comerciários devem ficar atentos às novas regras, que ainda permitem que as carteiras de cigarros seja expostas, contudo, acompanhadas de dizeres que informem sobre males do cigarro. Nas palavras do epidemiologista da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff “o hábito de fumar está ligado não só a cânceres no aparelho respiratório, mas também a outros como de bexiga e intestino, e pode causar outras doenças, como hipertensão e doenças reumáticas”.
Um estudo publicado recentemente, mostrou que casas onde moram fumantes apresentam nível de poluentes dez vezes maior do que em residências sem fumantes.
Pessoas que residem com fumantes estão expostas a três vezes mais que o nível máximo de poluentes considerado como seguro à saúde, e isso é tão prejudicial quanto morar em cidades extremamente poluídas, como Pequim, por exemplo.
Estas conclusões fazem parte de um estudo da Universidade de Aberdeen, na Grã-Bretanha. A pesquisa analisou trabalhos científicos que mediram, em 110 residências, os níveis de partículas finas suspensas no ar, item que indica a poluição causada pelo fumo. Estas partículas estão diretamente relacionadas com problemas cardíacos e respiratórios, e sua medição é usada para calcular o impacto do cigarro em fumantes passivos.
Em 93 das casas avaliadas, morava pelo menos um fumante. Segundo o estudo, a concentração de partículas nessas residências era 10x maior do que em casas onde não vivia nenhum tabagista. Isso significa morar com fumantes é extremamente prejudicial à saúde e o mínimo que deveria ser feito é abolir o fumo dentro de casa.